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quarta-feira, 29 de junho de 2011

ORIGENS DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Ao contrário do que vulgarmente se acredita, o RITO ESCOCÊS nada tem a ver com o Estado da ESCÓCIA, pois na época do aparecimento deste rito, as Lojas de lá trabalhavam no Rito de YORK, como em toda a Grã-Bretanha.
Afirmam certos historiadores tradicionais, mas sem jamais terem podido comprová-lo ou documentá-lo, que a criação de graus "inefáveis" deste rito se teria procedida logo depois da terminação da primeira Cruzada (1099 D. C.), na Escócia, na França e na Prússia, simultaneamente. Mas tudo isto é pura fantasia, bastando dizer que a Prússia então, como Estado, ainda nem existia. Houve isto sim, a criação de inúmeros "títulos" honoríficos de "Ordens de Cavalaria", mas estas nada tinham a ver com a Maçonaria.
 
É muita vontade de criar uma falsa antiguidade, hoje em dia muito usual na Arte Real, e muito similar, á idéia de ANDERSON, ao publicar, depois de sua famosa CONSTITUIÇÃO DE 1723, uma nebulosa "HISTÓRIA PATRIARCAL DA MAÇONARIA" (começando em 3785 A. C. E terminando na Inglaterra em 1714 DC). É a conhecida "Maçonaria Romanceada", que sistematicamente nos é apresentada pelos nossos editores "especialistas", em traduções de literatura estrangeira barata, por não estarem os historiadores patrícios dispostos a pesquisarem a história da maçonaria AUTÊNTICA, e com isenção de animo nem a nossa história querem analisar.
Mas o que a maioria destes escritores fez, foi escrever a história da maçonaria "NA" Escócia, começando pelo famoso EDITAL da Cidade de Edinbourgh, de 1415, permitindo a constituição de uma "Corporação de Franco-Burgueses", e a Arte Real, que se foi desenvolvendo depois disto.
Fato é, que o RITO ESCOCÊS surgiu na FRANÇA, e isto depois de lá ter sido introduzida a Maçonaria Inglesa, naturalmente do Rito de YORK.
A primeira Loja foi instalada em 1 de junho de 1726, na adega "AU LOUIS D'ARGENT", á rua dos Açougueiros (rue de Bucherie), de propriedade do inglês "HURE", loja esta que teria sido fundada por Lord DERWENTWATER e Ld. HARNOUESTER.
Em 17 de maio de 1729 foi instalada uma segunda Loja, fundada pelo filantropo francês André-François Lebreton, numa outra adega da mesma rua. Só em 1732 surge a LOGE DE BUSSY, sob jurisdição inglesa, que recebeu o N° 90 e o nome de "KING'S HEAD AT PARIS" e foi provavelmente sucessora da "Louis D'Argent". E até 1735 mais três lojas foram ai fundadas sob a jurisdição da Gr. Loj. Inglesa.
Consta, que por volta de 1728 teria sido fundada a Grande Loja de França, pelo menos é isto que ela mesma afirma em sua nova Constituição de 1967 (Ref. F-1967,936), mas o que se sabe é apenas, que entre 1728/30 um "Ordre des Francs-Maçons dans le Royaume de France" organizou o seu "Regulamento Geral", dentro dos moldes da Organização Inglesa, elegendo para seu primeiro Gr.: M.: o Príncipe Philippe de WHARTON, ex-Gr.: M.: da Grande Loja de Londres, que em 1728 se tinha refugiado em Paris.
Foi ele sucedido por James-Hector Mac Leane, Cavaleiro "Baronnet D'ECOSSE", em 27 de dezembro de 1735. E foi este que fixou todos estes fatos para a posteridade, num manuscrito recentemente encontrado na Biblioteca Nacional de Paris, e já falando ele de GRANDE LOJA, de modo que é mais do que provável, ter este titulo sido adotado um pouco antes pelo seu antecessor, digamos entre 1730/35. Em seguida o supremo malhete passou para as mãos de Charles Radclyffe, "4° Conde de Derwentwater", em 27 de dezembro de 1736, e depois para o Duque D'AUSTIN, neto de Madame de MONTESPAN, em 1738.
E tanto isto é verdade, que ANDERSON em seu "New Book of Constitution", impresso em Londres em 1738, á página 195 diz textualmente o seguinte:
"... Todas ESTAS Lojas Estrangeiras (... Acabara de relacionar as Lojas inglesas no estrangeiro...) estão sob a proteção de nosso Grão Mestre da Inglaterra; entretanto, a Loja antiga da cidade de Nova York, e as Lojas da ESCÓCIA, da Irlanda, da França e da Itália, tendo declarado a sua Independência, tem "os seus próprios Grão Mestres: Muito embora tenham as MESMAS CONSTITUIÇÕES, Obrigações Regulamentos, etc., de seus Irmãos da Inglaterra, estando igualmente zelando pelo estilo Augustiano e os segredos da antiga e honorável fraternidade..."
Logicamente outras Lojas e talvez mesmo outras potências administrativas foram surgindo logo, e a índole latina foi imediatamente modificando e alterando a ritualística da maçonaria tradicional inglesa, para o seu gosto por demais rígida e sem dar o destaque ás castas governantes e militares, que sentiram a necessidade de se projetarem sobre os maçons burgueses.
Se na Inglaterra, aonde a Arte Real já vinha de longe, depois de 3 séculos de lutas religiosas e políticas, o povo já tinha encontrado o seu MODUS VIVENDI dentro da tolerância, a que prudentemente se tinha adaptado o clero aristocrático, os presbiterianos e os anglicanos, isto já não acontecia na França, onde a maçonaria era cousa nova.
Assim por volta de 1730/35 surgiu na França o Rito Francês e o Rito ESCOCÊS nos graus simbólicos, Pouco tempo depois foram inventados os graus "inefáveis", que paulatinamente foram sendo acrescentados ao "MAITRE ECOSSAIS".
Já em 1742, afirmam os historiadores contemporâneos, estava formada a "Maçonaria ESCOCESA", organizada pelo "Conseil des Empereurs d'Orient et d'Occident, Grande e Souveraine Loge Ecossaise Saint Jean de Jerusalem", uma subsidiaria surgida no seio da Grande Loja de França, que organizou o Rito Escocês, também adotando o sufixo ANTIGO E ACEITO, usado pela primeira vez por ANDERSON, em sua Nova Constituição de 1738.
E quando finalmente foi eleito para Gr.: M.: o Conde de CLERMONT, Louis de Bourbon, em 1743, havia na França uma verdadeira inflação de Lojas, mais de DUZENTAS, como nos contam historiadores da época, mas sendo muitas delas "Ordens de Cavalaria".
No ano de 1758 fundou-se em Paris um novo Corpo Maçônico, que recebeu o nome de CAPÍTULO, ou "Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente", e NOVE Comissários deste Corpo elaboraram, o que se tornaria conhecido como a CONSTITUIÇÃO DE BORDEAUX, de 21 de setembro de 1762 (6° Dia da 3a Semana 7a Lua Ano 57621, que introduzia um sistema de RITO ESCOCÊS de 25 GRAUS. Mas a pacificação, que se tinha pretendida, não foi duradoura, e já em 1767 a Grande Loja de França adormecia.
Somente em 22 de outubro de 1773 a maçonaria francesa voltou a reunir-se em "Grande Loja Nacional", acabando por fundar o Grande Oriente de França, tendo como Gr.: M.: o Duque de CHARTRES.
A maioria dos Diretórios ESCOCESES se incorporaram ao Gr.: Or.: de França, enquanto alguns fundaram a Grande Loja de CLERMONT, de vida efêmera.
Deve ser mencionado aqui, que muitos escritores do passado, e ainda alguns "copistas" dos nossos dias, costumam citar o nome do Barão ANDREAS MICHAEL RAMSAY (nascido em 1686, iniciado na HORN LODGE, de Londres, em Março de 1730 (Ref. F-1973,937), e falecido em 6 de maio de 1743), como "inventor" do Rito Escocês dos "altos graus". Entretanto, basta a leitura de seus discursos como Gr.: Orador que era da Gr.: Loja de França, e especificamente o pronunciado em 21 de março de 1737, para termos a prova da incongruência de tal afirmação, pois disse textualmente o seguinte:
-... A atividade da Maçonaria, resumida nos TRÊS graus (... Evidentemente os simbólicos...), e só estes reconhecemos, pode ser considerada perfeitamente suficiente..."
Pronunciamento este, que bem prova a sua ojeriza aos graus inefáveis, que já então existiam. Provavelmente o simples fato de ter sido ele membro da "Ordem de São Lazaro de Jerusalém", da qual era Gr.: Mestre o Regente FELIPE DE ORLEANS, da educação de cujos filhos esteve RAMSAY encarregado entre 1715/24, Ordem de que ele recebeu o titulo de "Cavaleiro Baronnet D'ECOSSE", e ainda o fato de ter sido ele um grande estudioso e filósofo, por certo bastou aos historiadores profanos para lhe atribuírem essa "paternidade. Para melhor se compreender a confusão que existe, basta citar que se conhece "quatro" versões dos Discursos de RAMSAY: de 1738 (Haya), 1741 (Paris), 1742 (Frankfurt s. M. E de 1743 (Londres).
Vá lá que RAMSAY tenha colaborado na elaboração das bases para o rito ESCOCÊS nos TRÊS graus simbólicos, mas nem isto pôde ainda ser comprovado. E de passagem se diga aqui, que a primeira Loja de Perfeição, de que se tem noticia, foi criada em Bordeaux, em 1744, portanto um ano depois do passamento de Ramsay.
Lastimavelmente a Revolução Francesa, ao contrário do que habitualmente·se afirma, dispersou os Franco-Maçons, que só a partir de 1799 foram paulatinamente se reagrupando no Grande Oriente de França, que neste ano foi REERGUIDO.
Em 12 de outubro de 1804 os grandes oficiais do Rito ESCOCÊS se reuniram, e em nova reunião de 22 de outubro de 1804, de Grande Consistório, formaram uma GRANDE LOJA ESCOCESA DE FRANÇA DO RITO ANTIGO E ACEITO, elegendo o príncipe Luiz Napoleão para Gr.: M.: e para seu Representante-Presidente o Conde Alexandre-François-August de GRASSE-TILLY, mas já em Dezembro do mesmo ano este estabeleceu um acordo com o Grande Oriente de França, delegando-lhe poderes para administrar, além dos 3 graus simbólicos, também os graus "inefáveis" de 4 até 18 (Rosa-Cruz).
Mas quando em Julho de 1805 o Grande Oriente de França resolveu também administrar os restantes graus filosóficos, de 19 em diante, houve um rompimento entre as duas jurisdições, que só pôde ser sanado em 1821, quando o Rito Escocês Antigo e Aceito se reorganizou totalmente na França.
A atual Grande Loja de França só em 7 de novembro de 1894 foi RECONSTITUÍDA, quando 60 (sessenta) Lojas do Supremo Conselho decidiram separar o SIMBOLISMO do Sistema FILOSÓFICO dos Altos Graus. Portanto, na verdade era "Potência NOVA".
Fonte: História do Supremo Conselho do Grau 33.: do Brasil
Editôra: Livraria Kosmos Editora
Página: 3-5
Data: 1981
Autor: Ir.'. Kurt Prober

terça-feira, 28 de junho de 2011

Historia da Loja Maçonica Paranapuan n°1447

Histórico da minha amada Loja  
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A História da Loja Paranapuan Nº 1447
Este trabalho de pesquisa sobre a fundação da Loja Paranapuan, foi adquirido através da leitura dos Balaústres, Feito pelos ex veneráveis: Salim Jorge Pardauil e Altamiro Macedo Campos, como Também, através dos depoimentos do nosso Ir:. José Coelho da Silva, Patrono da Loja e o Ir:. Cláudio Andrade, Fundador e ex Venerável.
Nossa Loja surgiu do ideal de alguns Maçons residentes na Ilha do Governador e que sonharam em reunir num mesmo local os IIr:. Maçons adormecidos ou não, moradores na ilha, qualquer que fosse a potencia que pertencessem anteriormente.
Assim, tivemos antes de 1951, reuniões de estudos às providencias necessárias à fundação de uma Loja Maçônica na Ilha, Reuniões estas realizadas nos locais mais variados e em diferentes Horários.
O primeiro Trabalho que ficou gravado em balaústre, data de 06 de Maio de 1951, quando se realizou a primeira reunião oficial, às 18 horas na residência do Ir:. Oswaldo Gomes, à Rua Capitão Barbosa nº. 550 – Ilha do Governador.
Reuniram-se os IIr:. Aurélio Feijó, Scylla Bandeira Nery, Oswaldo Gomes, Alfredo Nogueira da Costa, Raymundo Lazaro de Matos Pinho, Carlos da Silva Lara e José Coelho da Silva, que secretariou os trabalhos a fim de serem estudadas as providências necessárias à fundação de uma loja Maçônica na ilha do Governador, realizando uma velha aspiração da família maçônica deste bairro.
Após as explicações dadas pelos IIr:. Aurélio Feijó, Oswaldo Gomes e Alfredo Nogueira da Costa, Familiarizando todos os presentes com o assunto a ser discutido, foi por proposta do Ir:. Alfredo Nogueira da Costa, constituída uma administração provisória para controlar os trabalhos preliminares da loja a ser fundada, e ficou assim constituída:
Presidente:- Aurélio Feijó.
Tesoureiro:- Oswaldo Gomes.
Secretário:- José Coelho da Silva.
A seguir, apresentados e discutidos, foram aprovados as seguintes providências:
1º - Contribuição – por proposta do Ir:. Aurélio Feijó ficou decidido que os IIr:. Considerados da loja, pagarão a importância de Cr$ 5.000,00 ( cinco mil cruzeiros) quantia esta que poderá ser paga de uma só vez ou em prestações.
Serão considerados sócios fundadores os IIr:. Que se inscreverem até seis meses após a sagração do Templo.
2º - Nome da Loja – por proposta do Ir:. Alfredo Nogueira da Costa ficou acertado que a Loja em Homenagem a Ilha do Governador, será registrada com o nome de “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Paranapuan”.
3º - Rito da loja – a Loja adotará o Rito Moderno.
4º - Emblema da Loja – a loja terá como emblema um esquadro e um compasso cruzados, tendo por fundo a silhueta da Ilha, o que não aconteceu, embora constasse da ata de 06 de maio de 1951, tendo sido incluído o mapa da Ilha e ao fundo um felino, em homenagem a este aprazível recanto.
5º - Eleição da Diretoria – a eleição definitiva da Diretoria será realizada no dia da Sagração da Loja.
6º - Medida de ordem Prática – a fim de que possam ter andamento as deliberações tomadas para organização da loja, ficaram resolvidas as seguintes medidas de ordem prática de caráter imediato:
  1. Impressão de talões destinados a recibos de qualquer espécie;
  2. Aquisição de livros de atas e de contabilidade para registro do movimento financeiro já iniciado nesta reunião;
  3. Entendimento com os IIr:. Lourival Santos, Edmundo Artur Franke, Darcy Rodrigues Hungaretti, Florentino Machado Guimarães, Ferreira da Silva, Oswaldo Riedel, Belmiro da Silva, Artur de Souza Figueiredo, Joaquim Fonseca, Saul Garcia Cal, Ulisses de Oliveira Maciel e outros cujos nomes não tinham sido lembrados naquele momento no sentido de ficar decidida a inscrição desses irmãos.
  4. Aquisição da Sede – sobre este ponto serão aguardadas informações mais detalhadas sobre a possibilidade de ser conseguida uma casa nos terrenos da Aeronáutica no Galeão, devendo o Ir:. Presidente procurar o Sereníssimo Grão Mestre do Grande Oriente Unido do Brasil, - Ir:. Proença, para que seja dada sua opinião a respeito e também foi ventilada a hipótese de ser adquirido um terreno já visado, onde seria construída a loja, em caso de não ser possível a primeira sugestão apresentada.
A segunda reunião, foi realizada na residência do Ir:. Aurélio Feijó na Rua Professor Hilarião de rocha, nº. 201 – Ilha do Governador no dia 17 de Junho de 1952 ( um ano depois ) sob a presidência deste e com os seguintes IIr:. : José Coelho da Silva e Oswaldo Gomes, para tratar das providencias assentadas na reunião do dia seis de maio do corrente ano. ( Pela leitura do balaústre, compreende-se que varias outras reuniões foram feitas, porém, não foram anotadas).
O Ir:. Aurélio Feijó comunicou que tendo procurado o Ir:. Proença foi por este informado da situação dos terrenos da Aeronáutica no galeão o qual desaconselhou a obtenção ali de uma casa para a instalação da Loja, conforme pretendíamos. Assim sendo, aconselhou como residente, procurarmos um prédio para alugar em qualquer parte da Ilha, lembrando a antiga sede da Sociedade Beneficente na estrada da Bica. Em vista da exposição feita pelo Ir:. Presidente; resolvemos que seria iniciada a procura da casa. Foi marcada então outra reunião para o dia 24 seguinte na residência do Ir:. Lourival Santos, após haver corrido Tr:. Que arrecadou a Med:. Cun:. De Cr$ 50,00 ( cinqüenta cruzeiros). Secretariou a reunião o Ir:. José Coelho da Silva.
A terceira reunião ocorreu no dia 09 de Fevereiro do ano de 1953 na residência do Ir:. Oswaldo Gomes a Av. Paranapuan nº 320 – Ilha do Governador -, com a presença dos seguintes Ir:. : José Coelho da Silva, Oswaldo Gomes, Carlos da Silveira Lara, Darcy Rodrigues Hungaretti, Lourival Santos, Scylla Bandeira Nery e Theotonio Narciso da Cruz. Em face da ausência do Ir:. Aurélio Feijó, Presidente da Administração provisória para a organização da Loja Paranapuan, foi aclamado para substituí-lo, o Resp:. Ir:. Carlos da Silveira Lara. Pelo Secretário foi lido o Bal:. Do dia 17 de junho de 1952, tendo sido aprovado sem emendas.
A finalidade desta reunião foi a de obter os elementos necessários a regularização de Loja e fazer o levantamento de todos os Maçons residentes na ilha, oriundos de qualquer Potencia maçônica, convidando-os para fortalecer as nossas colunas. Ficou também acertado e concordado por todos por proposta do Ir:. Oswaldo Gomes, a realização de reuniões de 15 em 15 dias nas segundas e quartas feiras de cada mês nas residências dos IIr:. Previamente escolhidos.
A seguir ficou acordado que a próxima reunião será realizada na residência do Resp:. Ir:. Scylla Bandeira Nery , no próximo dia 23 do corrente.
A quarta reunião anotada foi realizada em 23 de fevereiro de 1953 na residência do Resp:. Ir:. Scylla Bandeira Nery a Av. Paranapuan nº. 360 – Ilha do Governador conforme combinado, contando com as presenças dos IIr:. José Coelho da Silva, Darcy Rodrigues Hungaretti, Lourival Santos, Oswaldo Gomes, Florentino Machado Guimarães e Carlos da Silveira Lara. Nesta reunião ficou acertado que o Ir:. Scyla iria tratar da regularização da loja e também foram feitas doações de Livros de atas, presença, carimbos, talonários e etc.
Ficando a próxima reunião marcada par o dia 09 de Março, na residência do Ir:. Darcy Rodrigues Hungaretti. Na data aprazada, ali se reuniram os IIr:. José Coelho da Silva, Scylla Bandeira Nery , Oswaldo Gomes , Darcy Rodrigues Hungaretti e Carlos da Silveira Lara, quando o Ir:. Scylla informou sobre o andamento do regulamento da Loja e a aquisição do terreno destinado a construção do Templo. Nesta reunião o Ir:. José Coelho propôs que os trabalhos da Loja fossem encerrados com uma palavra combinada. O que foi aprovado, tendo sido escolhido a palavra “PERSEVERANÇA”. ( escolha esta que vem sendo perpetuada ao longo dos anos).
E assim, as reuniões foram se realizando 2 vezes por mês, na residência de vários irmãos, sempre buscando a construção do Templo e a regularização da Loja. Muitos outros irmãos foram entrando para o quadro de Obreiros, tais como; Gatão de Melo Bitencourt; Roberto Pimenta de Moraes; Gentil Alves Cardoso; Anton Cecilius Munksgoard; Antonio Augusto Coelho e muitos outros.
Finalmente, após muito trabalho reuniu se a Loja pela primeira vez em seu templo provisório a Rua Sobragi, 68, no dia 18 de Novembro de 1953.
O templo foi construído em um terreno de propriedade do Ir:. Florentino Machado Guimarães.
Neste ínterim, havia sido adquirido o terreno a Rua Jaime Perdigão 183, onde seria construído o Templo definitivo.
O primeiro estatuto da Loja foi registrado no Cartório Castro Meneses, sob o nº. 2990, Livro A2 em 07 de Dezembro de 1953 ( o referido estatuto encontra-se anotado no livro de Ata nº 01, paginas: 78 a 83).

Em 16 de Dezembro de 1953 o sereníssimo Gr:. Mestre e o Gr:. Mestre Adj:. Do Gr:. Or:. Unido, estiveram presentes na sessão e demonstraram grande satisfação por ver recompensados os esforços dos irmãos da Ilha do governador, que em curto espaço de tempo conseguiram erguer o Templo provisório.
A eleição para a Administração da loja para o período 1954/1955 ( Primeira administração da Loja Paranapuan no seu templo provisório a Rua Sobragi ) foi realizada em 29 de Maio de 1954, sendo eleitos:
Vem:. Mestre:. Oswaldo Gomes
1º Vig:. Carlos da Silveira Lara
2º Vig:. Lourival Santos
Orador:. Scylla Bandeira Nery
Séc:. Roberto Pimenta de Moraes
Tes:. José Coelho da Silva
Chanc:. Darcy Rodrigues Hungaretti.
Que tomaram posse em 17 de julho de 1954 em magnífica Sessão presidida pelo Gr:. Mestre do Gr:.Or:. Unido e com a presença de delegações de varias lojas, inclusive de outros estados.
Sagração do Templo:
Nesta reunião com a presença do Grão Mestre foi o templo considerado sagrado.
As reuniões foram se realizando normalmente e as colunas foram se abrilhantando com a entrada de outros IIr:. Adormecidos.
A primeira Sessão de iniciação foi realizada em 26 de Junho de 1955 sendo iniciados na Ordem os profanos: Paulo Nogueira de Andrade e Arnaldo dos Santos Cabral Sacadura ( Livro 02 pagina 80).
A primeira reunião sobre os auspícios do Gr:. Or:. Do Brasil, foi realizada em 09 de Janeiro de 1957.
O lançamento da Pedra fundamental do novo Templo definitivo a rua Jaime Perdigão, lote 11, foi em 09 de Dezembro de 1961 e o inicio da construção com presença de inúmeros IIr:.
Foi em 17 de junho de 1962. O primeiro Vem:. Da Loja foi o Ir:. Oswaldo Gomes.
O nosso Estandarte foi de doação feita cuja confecção foi executada pelo Ir:. Marcio Bandeira Nery, Irmão carnal do Ir:. Scylla e pela sua sogra. ( Bal:. Do dia 03/04/1954)
O aniversário da Loja é comemorado sempre em 17 de junho, data do inicio da construção do Templo definitivo.
Compilado dos primeiros Balaustre da Loja por:
Altamiro Macedo Campos - M:. I:. e Salim Jorge Pardauil - M:. I:.
Digitalizado por: Jano Sarmento de Oliveira M:.I:.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Maçonaria e a historia do Brasil

"Há um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se refere à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa pátria. Em torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação de nossa nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante acontecimento histórico do Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles, foram os elementos da Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar que o Fico, A Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de suas lojas. Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendia luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o traidor Joaquim Silvério dos Reis, infelizmente também pertencia à ordem.

Há que se ressaltar também a grande contribuição de um maçon ilustre Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho. Este grande gênio da humanidade. Maçom do grau 18, Aleijadinho, autor de obras sacras, fez questão de secretamente homenagear a Maçonaria em suas esculturas. Ao bom observador e conhecedor da maçonaria, não passará despercebido, ao conhecer a obra do grande mestre, detalhes, pequenos que sejam que lembram a instituição maçônica. Os três anjinhos formando um triangulo, o triangulo maçônico, tornaram-se sua marca registrada.

A própria bandeira do estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da Sabedoria.

A independência do Brasil foi proclamada em 22 de agosto de 1822, no Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi mera confirmação. Ninguém ignora também que o Brasil já estava praticamente desligado de Portugal, desde 9 de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi um grande empreendimento Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com um grupo de maçons patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro organizador dos episódios de que resultou a ficada.

A libertação dos escravos no Brasil foi, não há como negar, uma iniciativa de maçons, um empreendimento da Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada missão de lutar pela reivindicação dos direitos do homem, de batalhar pela liberdade, apanágio sagrado do Homem, empenhou-se sem desfalecimento, sem temor, indefessamente pela emancipação dos escravos.
Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.

A proclamação da República, não há dúvidas de que também foi um notável empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da República, sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons. Mera casualidade? Não. Ele foi organizado por Quintino Bocaiúva, que havia sido grão-mestre.

Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre apoiando e lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se em favor da liberdade e condenando as injustiças.

Fonte:
l Sociedades Secretas - A. Tenório de Albuquerque

domingo, 19 de junho de 2011

Aniversario Do Grande Oriente Do Brasil

A Ordem Maçônica comemora este mês (jun/2010) mais um aniversário do Grande Oriente do Brasil, criado há 189 anos com a primeira reunião dos representantes das três Lojas fundadoras – Comércio e Artes, Esperança de Niterói e União e Tranquilidade – quando foi aclamado Grão-Mestre o Irmão José Bonifácio de Andrada, então Ministro do Reino.
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Durante estes quase dois séculos, o Grande Oriente do Brasil tem sofrido grandes transformações, que fazem dele, hoje, a maior potência maçônica do mundo latino com decisiva participação na evolução política do Brasil e dona de um patrimônio moral inexcedível, graças á sua postura permanente de aperfeiçoamento dos costumes, de disseminadora da fraternidade humana e de exemplo de união interna.
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Dia de comemorações, a data convida também à meditação sobre os resultados da ação maçônica bem orientada, com objetivos voltados para as grandes causas nacionais, para os mais sagrados direitos do nosso povo e para a consolidação da Obra Magna, o que procuramos sob os auspícios do Grande Arquiteto do universo.
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Nas ocasiões de recolhimento, os Maçons do GOB, rememorando os embates entre o homem profano e o Homem Maçom, reconhecerá as sucessivas vitórias dos princípios espirituais que formam a grande corrente do bem, contrapondo-se às fortes tendências negativistas, agressivas e destrutivas, responsáveis pelos momentos mais sofridos, mais trágicos do gênero humano.
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É justamente esse grande compromisso com a humanidade que tem impedido maiores danos à Maçonaria Universal, em sua história de muitos séculos, pontilhada, sem dúvida, de ataques externos e internos, cruentos e incruentos, mas todos resultantes do atraso e do erro, que sobreviverão enquanto não atingirmos o todo o aperfeiçoamento.
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O Grande Oriente do Brasil, fiel às mais puras tradições da Ordem, e aqui personalizado pelos três poderes de Montesquieu, exerce com a maior exaltação possível sua capacidade de convivência fraterna, todos empenhados no mesmo desiderato de tornar feliz a humanidade. No dia de hoje, embora festivo, estamos todos empenhados no trabalho administrativo, em oferecer ótimas condições materiais para que o Poder Legislativo possa exercer com prontidão, amanhã mesmo, as altas funções que a Constituição lhe atribui.
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Que o Supremo Árbitro dos Mundos, em sua onipotência assegure à Ordem Maçônica o cabal coroamento de todos os seus objetivos e guie os passos de todos os obreiros do Grande Oriente do Brasil.
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17.06.11
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Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sobre Deus e a Religião

Um Maçom por dever de ofício, deve obedecer a Lei Moral; e se ele compreende corretamente a Arte, nunca será um estúpido ateu nem um libertino irreligioso. Muito embora em tempos antigos os Maçons fossem obrigados em cada País a adotar a religião daquele País ou nação, qualquer que ela fosse, hoje pensa-se mais acertado somente obrigá-los a adotar aquela religião com a qual todos os homens concordam, guardando suas opiniões particulares para si próprios, isto é, serem homens bons e leais, ou homens de honra e honestidade, qualquer que seja a denominação ou convicção que os possam distinguir; por isso a Maçonaria se torna um centro da união e um meio de conciliar uma verdadeira amizade entre pessoas que de outra forma permaneceriam em perpétua distância.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

 Maçonaria e Religião
A Maçonaria NÃO É uma religião.
A Maçonaria não aconselha, ou impõe, ou favorece, a prática de qualquer religião em particular.
A Maçonaria Regular nem sequer pretende que os seus membros pratiquem qualquer religião. Basta-lhe que os seus membros sejam crentes num Criador, qualquer que seja a forma como se corporiza tal crença.
A Maçonaria não pretende substituir-se à religião.
A Maçonaria Regular convive com todas as religiões e todas as respectivas estruturas de enquadramento e a todas aceita e respeita.
A Maçonaria Regular promove o convívio, a aceitação e o respeito mútuo de crentes de todas as religiões, incluindo os simplesmente crentes no Criador, ainda que não se revejam em nenhuma religião estabelecida.
As Lojas da Maçonaria Regular reunem sempre na presença do Livro Sagrado ou dos Livros Sagrados das religiões professadas pelos seus membros (por exemplo: presentemente são membros da Loja Mestre Affonso Domingues, para além de crentes não ligados a religião em particular, crentes da religião católica, crentes de igrejas cristãs nascidas da Reforma e crentes da religião judaica; consequentemente, a Loja reune na presença da Bíblia, Livro Sagrado para os católicos e demais cristãos, e da Torah, Livro Sagrado do Judaísmo).
A Maçonaria viabiliza um processo de aperfeiçoamento e evolução espiritual dos seus membros, tendo como base de partida a crença de cada um.
Sendo assim, porque é a Maçonaria por vezes diabolizada, atacada, por Igrejas religiosas?
Porque a religião organizada exclui onde a Maçonaria inclui. Isto é: para algumas religiões, a salvação é exclusiva para os seus crentes; para as respectivas igrejas, tal salvação só pode ocorrer em relação aos que se acolhem no seu seio; os demais são "infiéis", insusceptíveis de salvação. Não admira, assim, que essas estruturas não vejam com bons olhos uma organização que entende que TODOS os crentes são dignos, são iguais e são igualmente aptos a crescerem espiritualmente.
Para a Maçonaria, nenhuma religião ou Igreja é um problema. Pelo contrário, a crença religiosa, organizada ou não, é a base do trabalho que o maçon deve realizar para se aperfeiçoar.
A Religião baseia-se na Fé. A Maçonaria aceita qualquer Fé e trabalha-a com a Razão.
A Maçonaria Regular considera-se assim complementar e não conflitual com a religião.g
 Rui Bandeira

terça-feira, 14 de junho de 2011

Maçonaria no Brasil

Generalidades
O grande feito da Maçonaria,  já nos séculos  XVII  e  XVIII,   foi exportar o ideal revolucionário e republicano para toda a América (do Norte e Latina). Foi a grande mudança de paradigma. Centros geográficos como Olinda e Recife, Salvador,  Tijuco (depois Diamantina)  e  Vila Rica  (depois Ouro Preto),   até mesmo em função da tremenda mudança de paradigma que foi a colonização das Américas, já reuniam grande riqueza e grande número de imigrantes. Luxava-se mais em Olinda e Vila Rica do que mesmo em Lisboa.

Como o ideal de Fraternidade é de natureza expansionista, as idéias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, logo  varriam todas as Américas. Em 1760, por exemplo, já não havia colônia americana que não fosse permeada pela Maçonaria.
A primeira loja regular em Portugal data de 1727, embora se tenha notícias de atividades maçônicas antes disso.      Em 1744 o Sr. Sebastião José de Carvalho e Melo, português, foi iniciado em Londres, durante uma festa de São João.       Esse cidadão português mais tarde foi sagrado Conde de Oeiras e, depois, Marquês de Pombal.

Um outro centro irradiador de idéias e ideais, já desde 1620, era a Faculdade de Medicina, Ciências e Letras,  da Universidade de Montpellier, na França;     manteve ligações permanentes com figuras como  Thomas Jefferson,   Benjamin Franklin,   John Adam,  Domingos Vidal Barbosa, José Mariano Leal,   Domingos José Martins,   José Joaquim da Maia   e   José Álvares Maciel entre outros;    no século 18,  em  Montpellier,   havia mais do que 10 lojas maçônicas livremente fermentando idéias republicanas nos diferentes estudantes de todos os cantos do mundo.

Primórdios brasileiros
Kurt Prober, que sempre escrevia apoiado em sólida documentação,  cita em sua bibliografia  (“Cadastro Geral das Lojas Maçônicas”) que a primeira atividade maçônica brasileira que merece registro foi em 1724, na “Academia Brasílica do Esquecidos”, onde foi iniciado o Padre Gonçalves Soares de França, o Coronel (e historiador notável) Sebastião da Rocha Pitta, o Desembargador Caetano de Britto e outros.     Mais tarde todas as atas dessa sociedade secreta foram queimadas.
O argentino Alcebíades Lappa, em 1981, em tese internacional, usando um Livro de Atas do Duque de Norfolk, em Londres, provou que o Ir.: Randolph Took foi designado, já em 1735, como Grão-Mestre Provincial para a América do Sul ( o que equivalia a dizer Brasil).
E mais ainda, há uma carta do médico inglês Robert Young, em nome da Loja de São João, de Buenos Aires, em 1741, dirigida à Loja de São João do Brasil, recomendando-lhe o Ir.: Richard Lindsey que se encontrava no Brasil.
Há vestígios da existência,  em 1750,  de um grande Oriente Maçônico, em Salvador, vinculado ao grande Oriente da França, com fortes tendências liberais e republicanas. No Rio em 1752 foi criada a Associação Literária dos Seletos.

GOB
Criado em 17 de junho de 1822, o Grande Oriente do Brasil - GOB, única potência brasileira a deter o reconhecimento primordial, secular e definitivo da Loja-Mãe da Inglaterra,  inscrito entre as quatro ou cinco maiores potências maçônicas do mundo, tem cadeira cativa e fortemente destacada na história do país,  tanto no período monárquico quanto no republicano. O século 18 foi marcado pelo Iluminismo,  o 19 pelas ideologias e o 20 pela emergência e domínio das tecnociências.

Estado da Arte
No  século XX três (3) vertentes científicas mudaram a face da humanidade com efeitos revolucionários radicais:
  • a manipulação do átomo  ( e a energia atômica) => desde a dizimação de cidades inteiras comcentenas de milhares de mortos, até a pesquisa na agricultura, na medicina e na química, com radioisótopos para medir taxações diversas, radioterapia, estados de nutrientes etc.;     a energia atômica e a física nuclear tocam um papel importante no concêrto das nações indicando o parâmetro principal na questão da hegemonia entre eles   (quem tem mais manda mais);
  • a manipulação do gene  (a biologia molecular e a biotecnologia)  =>  o conhecimento da estrutura genética tem produzido inúmeros benefícios, mormente na agricultura, onde aumentou substancialmente a produção e a produtividade na plantação e colheita dos gêneros horti-fruti-granjeiros;     pesquisa de germoplasma têm sido muito importante na construção de cadeias nutrientes mais viáveis e assimiláveis;     o estudo de clonagem tem introduzido grandes barateamentos na produção;    estima-se que dentro de 30 anos  (ou menos)  a técnica de criogenia estará totalmente dominada e disseminada;
  • e a tecnologia de redes de computadores  =>  minimizando a  tirania  que  tempo e distância sempre  impuseram sobre  o gênero humano;    com  o computador  vence-se,  em parte,  a  tirania  do  tempo,  dando-se  agilidade  às  tarefas  de  memorização;   e,  pelas  redes  de  computadores,  minora-se  o efeito  maléfico das  distâncias  a  serem  vencidas,  dado  que  o homem  pode  manifestar-se,  simultaneamente,  em  dois  ou mais  lugares  do planeta  pelo uso  e  exploração  da  tecnologia de redes.
O gênero humano está entre 2 (dois) mundos, quais sejam:    o mundo natural  (da Natureza)  e  o mundo cultural  (da construção cultural originária da própria mente humana).     A cultura é obra do homem que, com o seu fazer e o seu saber, age sobre a NATUREZA.     O homem,  portanto,  muda a Natureza e a Natureza mudada muda o homem;     por exemplo:    o rio São Francisco, da unidade nacional, é natureza, já sua transposição das águas, é canal,  é cultura.
As mudanças, que implicam  ruptura com a ordem estabelecida, são todas temáticas;     não obstante isso até o início do século XX as mudanças eram administráveis.   e  agora?!
O quadro atual da humanidade,  portanto, tem sido marcado pela entropia e pela difusão caótica dos costumes e dos conhecimentos como se apontasse para o momento da virada total em que surgirá a ORDEM (nascida do caos)!      A cultura, que na Idade primitiva era transmitida pela tradição oral   -   passando pelos monges copistas, da Idade Média, e pela imprensa de João Gutemberg, no Renascimento   -,    hoje já está sendo veiculada pela multimídia,  que é um substrato computadorizado que canaliza Dados, Voz, Vídeo e Videoconferência,  sob  a  forma  abstrata  de  bits,  pela  rede!
Credito: Gob

domingo, 12 de junho de 2011

Rito moderno ou Francês

Rito Moderno ou Francês

O Rito Moderno ou Francês  foi criado  em Paris no ano de  1761, constituído aos 24 de dezembro de 1772 e, finalmente, proclamado aos 09 de marco de l773, pelo Grande Oriente de França, sendo Grão Mestre Luís Felipe d'Orléans, Duque de Chartres, instalado solenemente aos 22 de outubro de 1773.
Na sua fundação, compunha-se apenas dos três primeiros graus e adotava  as primeiras Constituições de Anderson de l723. Na época havia grande paixão pelos altos graus, surgindo a cada momento novos graus e novos ritos, numa flagrante indisciplina. Em virtude da pressão de irmãos, o Grande Oriente de França se viu compelido a procurar uma fórmula para harmonizar as diferentes doutrinas que vicejavam desordenadamente num emaranhado proliferar de altos graus, por influência da Cavalaria, da nobreza e de misticismos, que  serviam a vaidade dos que procuravam a Maçonaria, desfigurando a Ordem. Assim, o Grande Oriente de França nomeou uma comissão de maçons de elevada cultura para estudar todos os sistemas existentes e elaborar um rito composto do menor número possível de graus e que contivesse os ensinamentos maçônicos.
 Após três anos de estudos, a comissão desistiu da empresa, mas recomendou  manter  apenas os três graus iniciais. O Grande Oriente acatou as conclusões da comissão e enviou circulares a todas as lojas da obediência, aos 03 de Agosto de l777, afirmando que  só seriam reconhecidos  os três primeiros graus simbólicos, o que causou uma grande  reação  de alguns  irmãos,  porque  o  Rito de Perfeição ou  de  Heredon    contava  com  25 graus.  Em  razão disso, em 1782, criou uma nova comissão, com o nome de Câmara dos Ritos, cujas conclusões foram acolhidas,  e, em conseqüência, em l786,  nascia o Rito Francês ou Moderno de 7 grau.
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Graus Simbólicos:
  Grau - Aprendiz
  Grau - Companheiro
  Grau - Mestre
Graus Filosóficos:
1a. Ordem - 4º   Grau - Eleito
2a. Ordem - 5º   Grau - Eleito Escocês
3a. Ordem - 6º   Grau - Cavaleiro do Oriente ou da Espada
4a. Ordem - 7º   Grau - Cavaleiro Rosa-Cruz

  em  l785,  foram  editados  rituais  oficiais para os três graus simbólicos, resultado da uniformização e da codificação das práticas das Lojas Francesas nos anos anteriores. Com o Regulateur de 1801, todos os graus do Rito Moderno passaram a ter o seu ritual. Houve um período, em Portugal, no qual o Rito Moderno chegou a funcionar com um grau 8 (Kadosh Perfeito Iniciado) e até um grau 9 (Grande Inspetor).
Atualmente, no Brasil, se reorganizou o Rito Moderno, principalmente por  motivos administrativos,  nos 9 graus, os dois últimos na 5a. Ordem, acrescentando-se:
5a. Ordem -    Grau - Cavaleiro da Águia Branca e Preta, Cavaleiro Kadosh Filosófico, Inspetor  do Rito.
5a. Ordem - 9º  Grau  -  Cavaleiro  da  Sapiência  -  Grande             Inspetor do Rito.
Os três primeiros graus se reúnem nas chamadas Lojas Simbólicas, filiadas às chamadas Obediências Simbólicas.
Os  Graus  4 a  7 se reúnem   nos  chamados   Sublimes  Capítulos.
O Grau  8  se  reúne  no  Grande  Conselho  Estadual.
E, o Grau 9 se reúne no Supremo Conselho, que tem jurisdição nacional sobre todos os Graus Filosóficos.
O Rito Moderno, no que diz respeito aos graus simbólicos, é o mesmo rito que a Grande Loja da Inglaterra, a dos “Modernos”, praticava antes de sua fusão com a dos “Antigos”. As inversões das colunas, os modos de reconhecimento nos 1º  e 2º  graus, o início da marcha com o pé direito, a Palavra Sagrada do Aprendiz , eram práticas dos “Modernos Ingleses”. Mas, não são essas divergências que distinguem o Rito Moderno dos outros ritos. No Grande Oriente do Brasil, Potência mãe da Maçonaria Brasileira, existem atualmente aceitos 6 (seis) ritos: 1.- Adonhiramita; 2.- Brasileiro; 3- Escocês Antigo e Aceito; 4.- Francês ou Moderno; 5.- Schröder; 6.- York.  Tal diversidade não constitui fator de dissensão, porque todos, além de serem unidos pelos fortes laços de Fraternidade e de um Ideal comum, obedecem a normas legais, tais como as Constituições do Grande Oriente do Brasil e dos Grandes Orientes Estaduais, ao Regulamento Geral da Federação, leis e decretos.
O Rito Moderno, que é fruto da Maçonaria Francesa, entende que o maçom deve ter a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de defender os direitos do homem e uma melhor distribuição de rendas.  Essa tendência filosófica humanista é que parece contrapor-se aos aspectos de religião cultual
O Rito Moderno não considera a Maçonaria como uma Ordem Mística, embora seus três primeiros graus estejam impregnados da  mística das civilizações antigas.  A busca da verdade, transitória e inefável, realiza-se pelo aprendiz na intuição, pelo companheiro na análise e pelo mestre na síntese, num processo evolutivo e racional.
Os padrões do pensamento da Maçonaria Francesa são  racionais   e  científicos, e   se  prendem  à  época moderna, ao Humanismo.
A síntese dos debates da Assembléia, em 1876, que levaram à resolução de 1877, mostra bem, que : - ”A franco-maçonaria não é deísta, nem é atéia, nem sequer positivista. A instituição que afirma e pratica  a solidariedade humana, é estranha a todo dogma e a todo credo religioso. Tem por princípio único o respeito absoluto da liberdade de pensamento e consciência. Nenhum homem inteligente e honesto poderá dizer,  seriamente, que o Grande Oriente de França quis banir de suas lojas a crença em Deus e na imortalidade da alma quando, ao contrário,   em nome da liberdade absoluta de consciência, declara, solenemente, respeitar as convicções, as doutrinas e as crenças de seus membros”. “O Rito Moderno mantém-se tolerantemente imparcial, ou melhor, respeitosamente neutro, quanto à exigência, para os seus adeptos, da crença específica em um Deus revelado, ou Ente Supremo, bem como da categórica aceitação existencial de uma vida futura;  nunca por contestante ateísmo materialístico, mas unicamente, pelo respeito incondicional ao modo de pensar de cada  irmão, ou postulante.  Demonstra  apenas, a  evolução das crenças estimulando os seus seguidores ao uso da razão, para formar a  sua  própria opinião.  Procura ensinar que a  idéia de Deus resulta da consciência e que as exteriorizações do seu culto não passam de um sentimento íntimo, que se  pode traduzir das mais diversas maneiras.” O Rito Moderno não admite a limitação do alcance da razão, pelo que desaprova o dogmatismo e imposições ideológicas e, por ser racionalista, e portanto, adogmático,  propugna pela busca da Verdade, ainda que provisória  e em constante mutação. A filosofia do Rito se opõe a qualquer espécie de discriminação. A não admissão de mulheres dá-se em decorrência de tratados e não da natureza do Rito.
O Rito Moderno, afinal, é um desafio, que vale a pena  arrostar.

Antonio Onías Neto M.:.I.:.